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Ótima oportunidade ao leitor, de conhecer alguns conceitos básicos da teoria freudiana através de uma sintética, interessante e revolucionária versão não materialista. Ao relatar O SONHO que teve com o criador da Psicanálise, o autor vai expondo, de maneira acessível a qualquer pessoa interessada, os passos primordiais para o início de uma ANÁLISE pessoal, que leve em conta os anseios mais PROFUNDOS da alma.

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SOFRER POR NÃO PODER...

A criança, ao nascer, obedece à tendência de CONTROLAR os movimentos próprios, e depois, cresce se aprimorando na lida de controlar também o ambiente externo, no qual se incluem os brinquedos e os pais. Acompanhando o seu esforço tendencioso, ocorre o seu amestramento pela cultura (representada pelos pais, professores e outros), no sentido de que venha a ser uma poderosa vencedora ou CAMPEÃ em alguma ATIVIDADE, sendo a mais requisitada a relacionada com o sexo e a função reprodutora.

Dessa tendência natural viciada pela imposição ideológica, deriva muito sofrimento pois o homem e a mulher sofrem quando não conseguem controlar o corpo segundo as pretensões culturais, a própria vida e nem submeter a alheia. As frustrações decorrentes das tentativas nesse sentido costumam levar à alienação da realidade em que se vive, à depreciação do outro, às fofocas, à maledicência, ao ódio e a todas as outras formas de agressividade franca ou camuflada socialmente.

Sendo assim, as ATIVIDADES da criança já “adulta” passam a refletir o amestramento ideológico e cultural pelo qual passou e que exacerba seus impulsos básicos e instintivos, enfatizando o DESEMPENHO sexual e reprodutivo em particular, e de modo geral, o de CONTROLAR impulsivamente e destituída de razão. Ela anseia, então, o aprimoramento de recursos sedutores e animais, objetivando CONTROLAR a atenção, o desejo e o interesse do alheio, passando, com isso, a consumir todo tipo de modismo, de produtos e de DROGAS oferecidas no mercado, como se não fosse um ser dotado de razão, mas como um peixe chamado de “lompo”, por abocanhar tudo o que se lhe põe à frente e ser fisgado só com o anzol...

De sua ambição controladora não escapam os santos, os espíritos e nem os deuses nos quais acredita, pois estes que deveriam lhe servir de exemplo moral e ético, são convocados para REALIZAR os desejos de CONTROLAR da criança pidonha, que se supõe “adulta”. Isso é fato constatável em nossa realidade COMPETITIVA, por qualquer pessoa, e por isso é estudado na Psicologia Racional.

Controlar é exercitar PODER, seja sobre coisas, animais ou pessoas, dando ao movimento ou inércia deles uma dada posição, direção ou destino. Acontece que, todo controlador tem o destino mental, emocional e comportamental projetado e imposto por manipuladores instalados no PODER do Estado, que o convencem que apenas a arma de fogo, a granada ou a bomba atômica é que possuem poder destrutivo... Iludido por essa crença, não percebe quem realmente MANIPULA, tanto as armas como as mentes. E como também foi amestrado para crer que “Saber é poder”, vive engolindo todo tipo de “saber” ofertado pelas autoridades culturais por meio da mídia em geral...

Em razão de possuir essa tendência, o homem quer ter mais PODER do que atribui ao Deus que imagina à sua imagem, e tenta o MANIPULAR como fez com os pais; com choradeira, rebeldia e promessas chantagistas, ameaçando negar-lhe amor ou crédito, e finalmente destruindo-o, caso não atenda suas exigências disfarçadas em “pedidos”. Porém, ter o poder de Deus ou de CRIADOR significa ser capaz de CRIAR algo semelhante à natureza, por exemplo, que dá a TODOS os seres a oportunidade de viver, de crescer, de se rebelar e de morrer, de se arrepender e de evoluir. Tal PODER, que devia ser imitado pelos governantes, CRIA, acima de tudo, em benefício de TODOS, sem restringir e destruir a LIBERDADE alheia em benefício próprio.

A ordem para toda tendência controladora é; quanto mais PODER melhor... Não há limite à vista. E como reduzir a PRÓPRIA ânsia de ter poder é tarefa muito difícil e pode consumir o tempo de uma vida, o indivíduo que goza das prerrogativas libertárias de uma DEMOCRACIA deve procurar ao menos buscar se livrar da alienação imposta no grande circo dos infelizes, e APRENDER junto com outros do seu povo a exercitá-la, estabelecendo com firmeza os limites dos governantes, e mantendo-se esperto diante de suas tramóias no sentido de destruí-la para se perpetuarem no PODER, sem oposições ou freios.

 

 

Prof. Jorge Melchiades Carvalho Filho

Publicado na Folha Nordestina – edição de julho - 2013

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