Livros do Prof. Jorge Melchiades

Um presente para você !

Clique aqui e faça o download do livro "Nós, Freud e o Sonho" do Prof. Jorge Melchiades Carvalho Filho

Ótima oportunidade ao leitor, de conhecer alguns conceitos básicos da teoria freudiana através de uma sintética, interessante e revolucionária versão não materialista. Ao relatar O SONHO que teve com o criador da Psicanálise, o autor vai expondo, de maneira acessível a qualquer pessoa interessada, os passos primordiais para o início de uma ANÁLISE pessoal, que leve em conta os anseios mais PROFUNDOS da alma.

Outros Livros

mais artigos do Prof. Jorge Melchiades

O ESTADO E O IDIOTA...

Pretendo discorrer sobre a relação de um idiota com a sua sociedade, sem ofensa a ninguém, porque a palavra idiota, em sua origem etimológica no termo "idiotés", do início da democracia, na Grécia Antiga não é depreciativa. Ela apenas definia o indivíduo voltado “para o próprio umbigo”, no sentido de viver unicamente para o namoro, casamento, filhos, lazer e trabalho, em vez de atuar mais amplamente nas discussões e ações relacionadas à conquista do BEM ESTAR COLETIVO.

Então, conservo a palavra "idiota", com o significado grego atualizado, para especificar o indivíduo que, mesmo participando nas discussões de sindicatos, nas reuniões de partidos, em passeatas, protestos, etc., só está visando o benefício próprio e dos seus. Sem ter um REAL objetivo ideal, ele MENTE quando se diz religioso ou que luta por dada “categoria”; porque, na verdade, busca melhorar a própria situação, com aumento de salário, menor jornada de trabalho e destaque como liderança, para virar pelego ou se candidatar a vereador, deputado, prefeito, etc.. Sem se importar com a sorte ou azar alheio, NA PRÁTICA, o ganancioso idiota, sob o DISFARCE de magnânimo, só faz buscar sempre um poder maior...

Com objetivos bem articulados, quando ele diz que SOMOS TODOS IGUAIS incentiva rivalidades e feroz luta de um cidadão contra outro, com a MENTIRA que nivela os homens num patamar de IGNORÂNCIA. É fácil verificar a falsidade do dito, porque não há um indivíduo sequer no mundo que seja IGUAL a outro. Não bastasse que, do ponto de vista natural, as digitais, as pupilas e todas as estruturas formadas de DNA sejam DIFERENTES na realidade objetiva, há ainda a perspectiva da lógica racional e matemática indicando que igualdade implica em IDENTIDADE, como já advertia Parmênides, no séc. V a.C.. Ou seja, idêntico ao leitor é só ele mesmo.

Asneira, portanto, se dizer que todos são iguais sem especificar em que aspecto. Poderíamos admitir, por exemplo, uma IGUALDADE no aspecto da situação entre “réus” perante a JUSTIÇA divina ou natural, que brinda com morte a todos, sem distinção nem privilégios de recursos protelatórios. Mas, na justiça dos homens, em muitos aspectos, só podemos aceitar no máximo, alguma SEMELHANÇA.

Individualmente somos muito DIFERENTES e nenhuma ideologia religiosa, regime político, moda ou cultura pode mudar isso, embora possa formar muitos idiotas.

Do ponto de vista social, vejamos que há os que trabalham muito para viver, por exemplo, e são bem DIFERENTES dos vagabundos que vivem de expedientes... Os criminosos DIFEREM na conduta, dos cidadãos de bem, assim como o boçal, que só quer se divertir e não se propõe a estudar. Este DIFERE no saber, da pessoa que se dedica aos estudos por longos anos...

Ora, se assim é, esse discurso MENTIROSO de igualdade interessa apenas aos idiotas que, no EGOÍSMO disfarçado de ideal, querem SE PASSAR por mais do que são. Interessa também ao ignorante que se acha IGUAL ao letrado e ao vândalo em descompasso com as leis do Estado, querendo afrontar à autoridade legitimada em sua função. Interessa ao filho imberbe ou à menina adolescente que afronta pai, mãe, professor... Não interessa, é claro, para os que querem o BEM ESTAR COLETIVO e esbarram na presunçosa arrogância revoltada e agressiva do idiota, autorizado pela igualdade mentirosa.

Como se vê, uma MENTIRA aparentemente complacente do idiota joga filhos contra pais, alunos contra professores, soldados e cabos contra generais, o povo contra as autoridades instituídas e, na verdade, todos contra todos.

 

 

Prof. Jorge Melchiades Carvalho Filho

Publicado na Folha Nordestina – edição de outubro - 2013

mais artigos do Prof. Jorge Melchiades