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A VERGONHA DO SEM VERGONHA

O dicionário Aurélio esclarece que vergonha é SENTIMENTO de insegurança ou de medo, ante a possibilidade de se passar por ridículo. Mas, a vergonha também se apresenta após a experiência vexatória, quando a pessoa termina se sentindo desonrada, humilhada ou com a dignidade rebaixada perante outrem. Por isso, quando alguém diz que um homem ou mulher é “sem vergonha”, está indicando pessoa incapaz de SENTIR pudor, por NÃO VALORIZAR a honra, dignidade, caráter ou respeito próprio.

Acontece que, para ser um completo “sem vergonha” o sujeito precisa FUGIR das responsabilidades humanas, como o animal irracional que não assimilou os abstratos VALORES do bem e do mal; sofrer de patológica DEBILIDADE MENTAL ou viver alucinado por efeito de drogas. Outros casos comuns de desprezo a valores MORAIS se dão por falta de EDUCAÇÃO adequada para a conquista de uma melhor qualidade coletiva de vida.

Por debilidade mental, ou DROGAS, as pessoas podem desprezar VALORES MORAIS e nem procurar justificar suas obras irresponsáveis. Podem, entre outras coisas piores, se despir em pleno centro da cidade, urinar e defecar diante de todos, SEM constrangimento. Os que não foram educados para fazer melhor que os débeis mentais e drogados, podem imitá-los ao se deixarem levar por ideias não questionadas, que funcionam como DROGAS. Estes chegam a SENTIR o ridículo de seus atos grosseiros, e por isso os justificam com desculpas esfarrapadas. Alegam, por exemplo, que são rebeldes aos VALORES MORAIS hipócritas estabelecidos por religiões e instituições reacionárias, arcaicas e ultrapassadas.

Sem dúvida, todo VALOR MORAL ou ético está vinculado aos FINS que os membros de um grupo social ou sociedade visam alcançar. Eles estabelecem as virtudes que devem ser louvadas e repudiadas, por serem boas ou más para a realização dos fins. Em sociedades que precisaram guerrear para não serem escravizadas, por exemplo, a dignidade e a honra dos guerreiros eram virtudes louvadas, do valente; e a covardia, era atribuída a quem fugia da responsabilidade de resistir ao INIMIGO.

Evidente que, indivíduo ou grupo que tem por fim conquistar ou preservar o PODER político sobre outros, USA todos os recursos possíveis para esse fim, desde rudes e brutais armas, como também os VALORES da sociedade. De qualquer modo, não se pode evitar que haja PODER político e nem o uso de valores; por isso, se as pessoas querem paz, respeito recíproco e colaboração, precisam LUTAR para conquistar essas “coisas”, selecionando os melhores valores e não incentivar conflitos, pois depreciar a moral alheia leva à divisão, à luta interina e ao enfraquecimento da união respeitosa. Precisam respeitar os grupos que integram a sociedade, sejam religiosos, considerados arcaicos ou ultrapassados, porque as diferenças de crenças não importam quando a ação geral converge para a realização do mesmo fim ideal.

É preciso que se entenda, antes que seja tarde, que nenhum humano mentalmente saudável é totalmente desprovido de valores MORAIS ou sem vergonha de todo. Nem mesmo o pior dos assassinos aceita ser rebaixado diante de seus semelhantes, e isto porque as regras MORAIS dos bandidos realmente funcionam. São impostas de modo ditatorial pelos chefes e quem se rebela contra elas é sumariamente executado.

Em nossa sociedade há ladrões e bandidos entre gente do povo, entre legisladores, executivos, empresários, administradores públicos, policiais e membros do judiciário. Logo, também a ação de desrespeito a valores humanos é disfarçada como meio normal para a conquista INDIVIDUAL de BENS econômicos e sucesso.

Ora, precisamos decidir se queremos, afinal, que os bandidos terminem impondo suas regras e LEIS sem disfarces. Se não queremos, é preciso livrar da IGNORÂNCIA os valores morais que visam o BEM da paz, o trato respeitoso e a colaboração em sociedade. E o fujão da guerra contra o verdadeiro INIMIGO desses BENS do coletivo, precisa ser denunciado toda vez que evoca o direito à liberdade como disfarce de seu interesse individual e covarde rebeldia. É com tal disfarce que se atreve a produzir barulhento som na madrugada, a urinar em vias públicas sem dar a mínima aos que já ultrapassaram o estágio evolutivo dos porcos, a dirigir embriagado e matar por culpa e por dolo, sem respeito nenhum ao direito alheio.

Discursos rebuscados sobre Economia Política e Educação se dão em meio à proliferação de corruptores e corruptos, nutrindo uma crescente onda de agressões físicas e morais feitas por veteranos e aprendizes da “rebeldia sem causa”. A cada dia aumentam as falsas providências da polícia preventiva e dos diversos departamentos da administração pública da justiça, de modo que as pessoas capazes de entender o exposto devem começar já a participar de um processo EDUCATIVO, no qual todo ato desrespeitoso ao próximo seja repudiado. NA PRÁTICA do dia a dia que se faça clara a AÇÃO favorável à moralidade pública, sem poupar da enérgica educação os próprios filhos e netos, porque só o repúdio discursivo não provoca SENTIMENTO de vergonha.

Se não formos capazes de lutar para realizar tais fins ideais, bandidos disfarçados de “gente boa” e até sem disfarces, continuarão educando nossos filhos e netos para somente sentirem vergonha de praticar a MORAL que contribui para a paz e a reciprocidade no respeito e colaboração coletiva.

 

 

Prof. Jorge Melchiades Carvalho Filho

Fundador do NUPEP

Membro da Academia Sorocabana de Letras

Publicado na Folha Nordestina – edição de setembro - 2012

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